Nossa modelo plus size Sylvia Barreto, também jornalista do site Viajar é Simples, embarcou em cruzeiro para o Alasca e conta todos os detalhes da sua incrível viagem!

“Em maio, arrumei as malas com muitas roupas de frio e parti em um cruzeiro rumo ao Alasca. Com saída da cidade de Seattle, em uma semana, o navio Norwegian Jewel teria paradas em Ketchikan, Juneau, Skagway, no Alasca, e Victoria, no Canadá.

Quando pensamos em Alasca nos vem a ideia de um lugar muito frio. Ledo engano. Os cruzeiros para o destino só partem no fim da primavera e durante todo o verão, ou seja, de maio a setembro. Nessa época, as temperaturas no extremo sul do Estado são bem agradáveis, até passam de 20 graus em alguns locais. Mas, claro, não dá para deixar de levar um casaco e uma blusa de frio.
Ketchikan

A cidade de Ketchikan foi a primeira que conheci no Alasca. O porto fica bem no centro do destino, que é lindo, com construções em madeira e uma vista esplêndida do mar e das montanhas. Pela manhã estava mais frio. Escolhi um look com calça jeans preta, blusinha e jaqueta de couro, bota e touca. Fui a um barco de pesca de caranguejo gigante, o king crab.
Esse é um dos passeios vendidos pelo navio Norwegian Jewel. O barco se chama Alelutian Ballad e participou do reality show do Discovery Channel chamado Pesca Mortal. Os pescadores nos contam histórias sobre a pesca na região e mostram diversos animais marinhos, dentre eles o caranguejo gigante. Outro ponto alto do passeio é a parada na beira de uma floresta na qual vivem as águias típicas dos Estados Unidos. São lindas.



Voltando do barco, a temperatura subiu. Fomos trocar de troupa, eu estava com meu namorado, o Rodrigo. Escolhi uma saia preta e uma blusa de mangas compridas.

O Rodrigo escolheu uma camiseta, calça jeans e parca. Fomos caminhar pela cidade e comer o caranguejo gigante, comum em vários restaurantes por ali.


Juneau
Com suas ruazinhas pequenas e pacatas, Juneau não parece no tamanho, mas é a capital do Alasca. Foi lá que nós fizemos o melhor passeio da viagem. Subimos de helicóptero até o topo da Geleira Mendenhall, uma das maiores da região. Apesar do calor no dia, no topo da geleira é muito frio, por isso tivemos que ir com roupas próprias para neve, como calça de esqui e jaqueta corta-vento, encontradas apenas em lojas de esportes.
Quando saímos da empresa de helicópteros, a paisagem começou a se desenhar. Do alto, víamos montanhas cobertas de vegetação bem verdinha e mar. Aos poucos, começamos a avistar os picos nevados e, então, a grande geleira. Ao pousar naquele mar de gelo, uma sensação incrível, difícil de descrever. Ao andar por lá, com botas especiais, encontramos águas que descem em direção ao mar, água pura e bem geladinha. Bebemos.
A parada é rápida no alto, coisa de meia hora, mas não dá vontade de ir embora. A caminhada é bem tranquila, não cansa nada. Mas um ponto importante, quem pesa mais de 114 quilos tem que pagar uma taxa adicional de US$ 100 para a empresa do helicóptero. Isso acontece porque se houver alguém muito acima desse peso acaba ocupando o lugar de duas pessoas na aeronave. Mas eu indico o passeio, é indescritível.
Skagway

Nem mil pessoas vivem em Skagway. É um lugar que parece ter parado no tempo, exceto pelos bons serviços e um Starbucks no centrinho. Há mais de cem anos a cidade e toda a região viveu uma corrida pelo ouro. Dessa época, surgiu a White Pass & Yukon Route, trajeto de trem que vai até Carcross, já no Estado de Yukon, Canadá. Eu não fiz essa rota de trem, mas de micro-ônibus.

Como saímos bem cedinho e já estávamos acostumados com a temperatura subindo ao longo do dia, resolvemos colocar roupas mais leves com casacos por cima. Eu escolhi um trench coat e Rodrigo um moletom.


A paisagem muda conforme avançamos para o Canadá. As montanhas e rios cobertos quase totalmente por gelo dão lugar a áreas mais verdes, lagoas e até, pasmem, um deserto, o Carcross Desert. Nunca pensei ver um deserto ali ao lado do Alasca, a vista é linda, dele, vemos ao fundo os picos nevados.
Esse passeio durou seis horas. Quando voltei para cidade só deu tempo de comprar souvenirs, coisas como salmão defumado em lata, bem típico do Alasca. Quem vai para o Estado também tem uma boa oportunidade para comprar joias, em todas as cidades de parada há lojas e lojas de diamantes, esmeraldas e outras pedras preciosas. Eu fiquei só nas bugigangas mesmo, quem sabe na próxima volto com um anel de brilhantes?
O navio Norwegian Jewel
O navio Jewel é da empresa Norwegian, que não faz cruzeiros pelo Brasil, mas leva brasileiros para conhecer diversos destinos no mundo. Ele tem 15 andares e comporta mais de dois mil passageiros. A minha cabine não tinha varanda, apenas janela, mas era bem confortável. Também gostei que as piscinas eram aquecidas e as jacuzzis, então, tinham águas deliciosamente quentes.
Quem já fez cruzeiro sabe que em muitas companhias o jantar nos restaurantes a la carte têm horários fixos e definidos previamente pela empresa, bem como a mesa que será usada. Na Norwegian não tem isso. Você pode jantar a qualquer hora dentro do período de funcionamento dos restaurantes e pode sentar na mesa que estiver disponível. São 16 locais para refeições e, pelo menos metade está inclusa no pacote. Aliás, gostei bastante da comida no geral. Outro diferencial é que a Norwegian tem churrascos na área da piscina, vira uma verdadeira festa quando isso acontece e mostra bem o espírito da companhia, que é de muita descontração.
Para fazer os passeios, a Norwegian oferece uma variada lista de opções em cada cidade de parada. Você coloca em sua conta no navio e pode pagar em dinheiro ou cartão de crédito internacional. Em alguns destinos do Brasil e do mundo compensa fazer os passeios direto com as empresas locais e não aqueles oferecidos pela embarcação, mas, pelo menos no Alasca, os preços são os mesmos se comprados com a Norwegian ou com as agências locais.
Eu já saí do Alasca com vontade de voltar. E você, que tal preparar sua próxima viagem para lá e usar looks lindos?”
Sylvia Barreto
Site: viajaresimples.com.br
A convite de Norwegian